miércoles, 26 de julio de 2023

Perto do coração selvagem (1943)

 


CLARICE Y LA CONSCIENCIA DEL MUNDO



Llevo desde el mes de abril enredado con este libro de Clarice Lispector y ahora que ya he tomado algunas notas en mi cuaderno de tapas azules siento sus palabras atravesando mi conciencia/consciencia, donde habitan los pensamientos y las ideas, que se han ido acumulando a lo largo de toda una vida inesperada e inexplicable.

Clarice describe desde el interior del personaje femenino "Joana" las sensaciones que percibe y que no consigue explicar e intenta atrapar con palabras el rumor de su vida desordenada por el paso del tiempo, extrañando la nostalgia del futuro y aquellos lejanos días en la escuela de la infancia.

No parece haber enredo en el libro que Clarice escribió cuando sólo tenía 23 años. Dentro de sus páginas encontramos la infancia, la adolescencia y juventud prematura de Joana, un ser que observa la realidad desde el desconcierto e intenta explicarse a cada momento las cosas que suceden, sintiendo el tiempo fuera de sí misma... el día, después la noche y después el día.

"Ella era tristemente una mujer feliz"

Dejo aquí este fragmento donde Joana siente/presiente que algo va a cambiar en su vida:

"ENTRE UN INSTANTE y otro, entre el pasado y el futuro, la blanca vaguedad del intervalo. Vacío como la distancia de un minuto al siguiente en el círculo del reloj. El fondo de los acontecimientos elevándose silencioso y muerto, un poco de eternidad.

Apenas un segundo quieto, tal vez, separando un tramo de la vida del siguiente. Ni un segundo, no podía contarlo a tiempo, pero largo como una línea recta infinita. Profundo, llegando de lejos, - un pájaro negro, un punto que crece en el horizonte, acercándose a la conciencia como una pelota lanzada desde el principio hasta el final. Y estallando ante los ojos desconcertados en esencia de silencio. Dejando tras de sí el intervalo perfecto como un solo sonido vibrando en el aire. Renacer después, guardar la memoria extraña del intervalo, sin saber como mezclarlo con la vida. Llevando para siempre el pequeño punto vacío, - deslumbrado y virgen, demasiado fugaz para ser revelado."

Gripe y Melancolía

 






¡Que bueno! Ya pasamos de las 250.000 visitas. Hace mucho tiempo que no escribo nada por aquí, ni nada por allá. 

La vida sigue su camino y yo continuo respirando el aire frío de la mañana y vuelvo a constiparme de gripe y melancolía.

lunes, 20 de marzo de 2023

Pablo Neruda (Biografía)

 











Os alunos(as) do 6° Ano da Escola Estruturalista estão descubrindo a poesia do escritor chileno, Pablo Neruda, por isso deixo aquí a sua interesante biografia.


Pablo Neruda é o poeta mais famoso do Chile. Além de escritor, foi diplomata. Usou sua poesia não só para falar de amor mas também como forma de expressão política.

Pablo Neruda (Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto) nasceu em 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile, mas viveu sua infância e adolescência em Temuco. Depois, mudou-se para Santiago para estudar francês na Universidade do Chile. Em 1923, publicou seu primeiro livro de poesias — Crepusculário.

O autor, que faleceu em 23 de setembro de 1973, em Santiago do Chile, foi diplomata, conheceu vários países e escreveu poesias caracterizadas pelo sentimentalismo, crítica sociopolítica e temática do cotidiano. Assim, Neruda se tornou um dos poetas de língua espanhola mais lidos e traduzidos no mundo inteiro.


Biografia de Pablo Neruda


Pablo Neruda (Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto) nasceu em 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile. Quando tinha apenas dois meses de vida, ficou órfão de mãe. Assim, dois anos depois, seu pai se mudou para Temuco e se casou novamente. Nessa cidade, de 1910 a 1920, Neruda estudou no Liceu de Homens.

Sua primeira publicação foi o artigo “Entusiasmo e perseverança”, assinado como Neftalí Reyes, em 1917, no jornal La Mañana. A partir de então, passou a publicar poesias em periódicos como Corre-Vuela e Selva Austral. Em 1919, ficou em terceiro lugar nos jogos florais de Maule, com o poema “Noturno ideal”.

Passou a assinar as suas poesias com o pseudônimo de Pablo Neruda a partir de 1920. Já em 1921, mudou-se para Santiago, onde ingressou no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile, para estudar francês. Nesse mesmo ano, ficou em primeiro lugar no concurso da Federação de Estudantes do Chile, com seu poema “A canção da festa”.

Enquanto estudava, continuou a publicar em periódicos como Claridad, Los Tiempos e Dionysios. Em 1923, publicou seu primeiro livro de poesias: Crepusculário. Dois anos depois, tornou-se diretor da revista Caballo de Bastos, além de escrever para outros periódicos.

No ano de 1927, Pablo Neruda viajou para a Europa e conheceu Portugal, Espanha e França. Em Rangum, na Birmânia, onde atuou como cônsul, teve um relacionamento amoroso com uma mulher chamada Josie Bliss, o qual durou até o ano seguinte. Em 1930, quando era cônsul na Batávia, casou-se com María Antonieta Hagenaar Vogelzang.

Voltou ao Chile em 1932. No ano seguinte, foi para Buenos Aires, na Argentina, e continuou a realizar seu trabalho de cônsul. Já em 1934, foi nomeado cônsul na Espanha, onde conheceu Delia del Carril (1884-1989). Com o início da Guerra Civil Espanhola, em 1936, Neruda foi para a França, e regressou ao Chile no ano seguinte.

Em 1939, o poeta retomou seu trabalho como diplomata e voltou a viver em Paris, onde atuou a favor dos refugiados espanhóis. Em 1940, partiu para a Cidade do México, como cônsul geral. Cinco anos depois, em 1945, Neruda foi eleito senador no Chile, ganhou o Prêmio Nacional de Literatura e se filiou ao Partido Comunista.

Foi condecorado pelo governo mexicano, em 1946, com a Ordem da Águia Asteca. Dois anos depois, devido à perseguição política exercida pelo presidente chileno Gabriel González Videla (1898-1980), foi decretada a sua prisão. Apesar disso, o poeta permaneceu no Chile, mas escondido. Até que, em 1949, ele conseguiu fugir do país.

A partir de então, viajou para diversos países, onde participou de eventos políticos, artísticos e literários. Em 1950, recebeu o Prêmio Internacional da Paz. Quando estava morando na Itália, em 1952, sua ordem de prisão no Chile foi revogada, e, assim, o poeta voltou à sua pátria.

No ano seguinte, recebeu o Prêmio Stalin da Paz. Em 1955, separou-se de Delia de Carril e foi morar com sua nova companheira, Matilde Urrutia (1912-1985). Nesse mesmo ano, fundou a revista Gaceta de Chile. Dois anos depois, tornou-se presidente da Sociedade de Escritores do Chile.

A essa altura, era um dos poetas de língua espanhola mais lidos, traduzidos e celebrados no mundo inteiro. Assim, em 1961, recebeu o título honorífico de membro correspondente do Instituto de Línguas Românicas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Em 1962, foi nomeado membro acadêmico honorário da Faculdade de Filosofia e Educação da Universidade do Chile.

Suas viagens a outros países eram constantes, mas o poeta sempre retornava ao seu país natal. Em 1965, recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade de Oxford. No ano seguinte, recebeu a condecoração peruana Sol do Peru, além do Prêmio Atenea, da Universidade de Concepción, e, em 1967, o prêmio literário internacional de Viareggio, na Itália.

Já no ano de 1968, recebeu a medalha Joliot Curie e se tornou membro honorário da Academia Norte-Americana de Artes e Letras. No ano seguinte, foi nomeado membro honorário da Academia Chilena da Língua e recebeu o título de doutor honoris causa pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, além da Medalha de Prata do Senado chileno.

No ano de 1971, Neruda se tornou embaixador do Chile na França e ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Já em 1972, foi nomeado membro do Conselho Consultivo da Unesco. No ano seguinte, renunciou ao cargo na embaixada. Morreu em 23 de setembro de 1973, em Santiago, no Chile, dias após o golpe militar que implantou a ditadura no país.


Características da obra de Pablo Neruda


Pablo Neruda fez parte da geração de 1920 da literatura chilena. Por isso, e devido a peculiaridades do autor, suas obras apresentam as seguintes características:

Introspecção

Saudosismo

Melancolia

Erotismo

Crítica sociopolítica

Temática amorosa

Elementos do cotidiano

Valorização da identidade latino-americana


Fonte Bibliogrâfica:

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/pablo-neruda.htm


Pablo Neruda

 


PABLO NERUDA

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domingo, 17 de abril de 2022

Manuel Vilas & España




El escritor Manuel Vilas un día del año 2008 vio en el periódico la fotografía de estas dos personas de espaldas al espectador y escribió un poema sobre los protagonistas olvidados de aquella España de la Santa Transición.

LA ESPAÑA DE LA TRANSICIÓN

El rey Juan Carlos I está algo hinchado, 
y algo sordo, no oye a los periodistas.
Fue el dueño de un rato largo de la Historia.
Y ahora habla con los muertos mucho rato,
con su padre, a quien ya ha vuelto a ver en sus sueños.

El ex-presidente Adolfo Suárez 
se convirtió en el hombre invisible.
Murió su esposa, se entristeció para siempre,
y envejece en un lugar desconocido.
No recuerda nada porque nada hay que recordar.

El escritor Camilo José Cela se murió 
como muere la gente corriente. 
Parecía inmortal y eterno, pero no lo era.
Su viuda aparece muy de tarde en tarde 
en la prensa española, pero ya nadie la recuerda. 

El ex-presidente Felipe González
se divorció y se fue con una más joven.
Sale de vez en cuando en las televisiones.
Parece un hombre bueno, 
pero solo es un hombre envejeciendo.
Da consejos y opina de economía y de mercados.

La ex-miss del universo Amparo Muñoz
se disolvió tristemente 
en un piso de Málaga.
Dijeron que era una drogadicta y que por sus venas
corría la España de los años setenta.

El actor Fernando Fernán Gómez 
se murió de la misma forma 
que Camilo José Cela.
Cuando murió, 
murió una forma de ser español.

El gran Santiago Carrillo, el último comunista,
se morirá un día de estos, 
tal vez ya esté muerto ahora mismo. 
Resiste, porque el comunismo latió en su corazón
como una santa campana de penicilina. 
La gente se muere o está apunto de morirse.

Se murieron poetas a quienes ya nadie lee
como Gerardo Diego y novelistas oscuros
como Torrente Ballester; y Gerardo y Torrente
parecen ahora mismo el mismo muerto, 
el mismo fiambre, gemelos españoles.

El juez Baltasar Garzón ha engordado 
y está envejeciendo. 
Persigue a los fantasmas que no persiguieron
aquellos que ya también se volvieron fantasmas.

Fantasmas que no persiguieron 
a otros fantasmas más antiguos,
porque entre los fantasmas la antigüedad
en el cargo se llama Historia de España.

Me dan pena los muertos españoles.
Oh, sí, qué pena dan los muertos españoles.

¿No te parece?, hermano mío, mi compatriota.


domingo, 3 de abril de 2022

La casa de los espíritus



HE TERMINADO HOY, el primer domingo de abril, el libro que tenía entre las manos desde hace más de un mes. Su título es "La casa de los espíritus" de la escritora chilena Isabel Allende. Han sido casi 1.500 páginas leídas en ratos perdidos en las primeras horas de la mañana y antes de dormir, cuando el sueño se peleaba conmigo y me exigía dormir y apagar la tableta hasta el día siguiente.

He leído el libro porque era una tarea pendiente que tenía olvidada desde la lejana adolescencia, cuando veía en los escaparates de las librerías y de los quioscos que vendían periódicos, revistas y golosinas, las portadas de aquellos libros con títulos misteriosos como "Los cuentos de Eva Luna" o "La hojarasca".

"La casa de los espíritus" tiene algunos retazos de aquel realismo mágico de García Márquez, pero es en realidad una historia familiar enraizada en Chile, que abarca toda la historia del siglo XX, desde la Segunda Guerra Mundial hasta la victoria de Salvador Allende y que se termina con el golpe militar de Agusto Pinochet.

La historia con mayúsculas se mezcla con las letras minúsculas que transcriben las vidas de los campesinos, los obreros, y los enfermos de hambre y libertad.

Como es la historia de una saga familiar aparecen muchos nombres de personajes que nos irán contando esta historia teñida de realismo mágico y una cruda realidad que nos golpea en el estómago.

Creo que vale la pena descubrir quién es Barrabás y la niña que aparece en la portada del libro.

Buena lectura a todos!!