miércoles, 5 de noviembre de 2014

Crônica de um sábado de Outubro



Crônica de um sábado de outubro

Juan López


Não era dia de aula, não tinha tarefa de matemáticas, nem de geografia. Era um sábado do mês de outubro e aquele dia no lugar de estar dormindo mais um pouquinho na cama e depois curtir aquela preguiça tomando o café da manhã na frente da tevê, alguns alunos haviam ido à escola. Lá estavam todos, (todos os que estavam) sentados, reunidos na porta da entrada, esperando ansiosos e brincalhões. Os alunos do sexto ano “A” da Escola CIE, juntos com Tânia, a professora de língua portuguesa e Juan, o professor de Espanhol, iam fazer um city tour pela cidade de Rondonópolis.

Os primeiros alunos em subir se colocaram no final da van, tudo eram risos e olhares de cumplicidade, misturado com o calor sufocante do Mato Grosso, que já desde primeiras horas da manhã castigava inevitavelmente a todos seus habitantes. O dia anterior, no jornal da tevê a apresentadora da previsão do tempo falou que aquele fim de semana seria o mais quente do ano.

A primeira parada foi o “Marco Zero” de Rondonópolis, local onde hoje se encontra “O cruzeiro estilizado”, uma grande cruz de metal no alto de um monumento de pedra. Esta à margem do Rio Vermelho, onde tudo começou pois ali se fazia a travessia do rio em uma balsa. Aqui tiramos as primeiras fotos para registrar este momento cultural.

Do outro lado está Casario, um lugar tranquilo para passear no final da tarde, onde tem pequenas casas que há alguns anos foram reformadas pela prefeitura e transformadas em lojas que vendem artesanato e comidas típicas da região. A rua estava interditada porque o Banco do Brasil realizava um evento de promoção para venda de carros com juros baixos e parcelas a perder de vista. “Toda a linha Ford com taxa zero”.

De lá fomos visitar a primeira agência dos correios na Rua Floriano Peixoto e depois olhamos desde as janelas da van o primeiro hotel da cidade. O tempo avançava rápido no relógio daquela manhã de sábado e o próximo lugar escolhido era a Escola Sagrado Coração de Jesus, uma das escolas mais antigas de Rondonópolis. As ruas estavam fervendo de carros e pessoas e nós estávamos indo em direção à Praça dos Carreiros, onde um ipê amarelo conversava baixinho com uma velha carroça, transformada em escultura, que ainda está no meio da praça. Depois avançamos pela Avenida Amazonas rumo ao Rio Arareau, onde antigamente as pessoas se juntavam aos domingos e tomavam banho. Os alunos iam fazendo monte de fotos com os celulares até chegar de novo à escola, onde outros alunos, de outras salas estavam terminando os painéis da Feira de Ciências. 

Na saída da van todos os alunos deram “um tchaozinho” e “um muito obrigado” ao condutor Leo, um jovem rondonopolitano que nos levou um sábado de outubro para conhecer um pouco melhor a cidade onde moramos, nos divertimos e sonhamos todos os dias do ano. A propósito, Maria Clara falou para todos mandarem as fotos no whatsapp, ao grupo “Respostas” da sala. 

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